Confira como foi o Primeiro Seminário Autismo na Prática Campos Gerais
As palestras ocorreram no auditório do Colégio Sagrada Família, Sede Auxiliadora
O evento beneficente recebeu estudantes de Psicologia e de Pedagogia; pais e professores. Crédito: Gabriel Felipe Fonseca.
Descrição de imagem: Foto horizontal. Plano geral da plateia, todos estão sentados. Colaboração: Taís Maria Ferreira.
No sábado, 26 de outubro de 2019, aconteceu na cidade de Ponta grossa o Primeiro Seminário Autismo na Prática. O congresso ocorreu das oito da manhã até 17 h e estiveram presentes vários palestrantes. A médica neurologista infantil Dra. Laís Regina Rocha de Carvalho tratou sobre o diagnóstico do transtorno do espectro autista (TEA); As estudantes de Psicologia Jéssica Stem Blakleitz e Carla Danielle Schwab Carbonar comentaram sobre a importância da família estimular as crianças com autismo, a advogada Gislaine do Rocio da Rocha explicou os principais avanços para a legislação nacional e os direitos das pessoas com autismo; a psicopedagoga Adriana Moura ministrou palestra referente as estratégias e adaptações pedagógicas para estudantes autistas; a psicóloga Cassandra Fontoura Fiore Peron relatou sobre as práticas colaborativas na escola inclusiva e Jacob Gallon, palestrante que apresenta autismo de alto funcionamento, realizou um depoimento que relatou sobre as principais dificuldades enfrentadas entre a infância e a adolescência, a descoberta tardia da deficiência e os desafios que enfrenta em seu cotidiano.
O seminário dividiu os temas das palestras em dois eixos, educacional e social, e os inscritos no evento tiveram a oportunidade de realizar explanações sobre o assunto e esclarecer dúvidas. Crédito: Gabriel Felipe Fonseca.
Descrição de imagem: Foto horizontal. Homem retratado em meio corpo. Veste camisa de mangas curtas de cor cáqui. Ao fundo da imagem aparece parte da plateia. O homem retratado em meio corpo é o palestrante autista, Jacob Gallon. Colaboração: Taís Maria Ferreira.
Depoimentos
Jacob Gallon está com 33 anos, foi diagnosticado com autismo de alta funcionalidade quando criança de forma tardia, é formado em letras e apresentava dificuldades na fala e na coordenação motora no período da infância. Sobre as dificuldades enfrentadas na escola, Gallon comenta. “Minha dificuldade maior referia-se ao relacionamento com a turma, pois não conseguia ter amizades, o convívio social gerava complicações, devido ao isolamento.”, relatou. Além disso, ele explicou que conseguiu adquirir autonomia durante a fase da adolescência.
Sobre o transtorno do espectro autista, as acadêmicas do curso de Psicologia, Jéssica Stem Blakleitz e Carla Danielle Schwab Carbonar esclareceram que o período recomendado para o diagnóstico do transtorno do espectro autista é aproximadamente entre dois e três anos de idade, e cabe aos familiares e os professores estimularem a inclusão e a educação da criança que apresenta esta deficiência.”O diagnóstico do autismo na idade adequada ajuda no desenvolvimento de habilidades motoras e cognitivas; os pais e os educadores devem estimular a inclusão das pessoas que apresentam o TEA para possibilitar o desenvolvimento de várias aptidões.”, explicou Jéssica. Danielle Carbonar comentou que após o diagnóstico, a fase de maior dificuldade para os pais é o luto, e ela esclareceu que é de suma importância a família buscar ajuda com profissionais. “A família deve reconhecer as potencialidades das crianças, que os pais acreditem e confiem no desenvolvimento delas.”
O site Acessibilidade PG ouviu o depoimento de uma mãe que está em busca do diagnóstico do TEA para seu filho. Danieli Luz é professora de Espanhol e mãe de Benjamin, de cinco anos. Ele tem síndrome de Down e comprometimento na fala. “Meu filho responde a poucos estímulos, há momentos que apresenta irritabilidade, não consegue interagir com as pessoas. Por causa de todas as palestras que assisti, percebo que é provável que ele também tenha autismo. Daqui um mês vou a um neurologista com o Benjamin para confirmar se esta hipótese procede para que ele tenha melhor perspectiva de desenvolvimento e resultados.”, afirma a professora.
Sobre os seminários
Este é o segundo evento idealizado pelo deputado estadual Subtenente Everton (PSL). O Seminário Autismo na Prática primeiramente foi realizado na capital do estado do Paraná, Curitiba, em 28 de setembro de 2019. O parlamentar opina sobre as políticas públicas voltadas para a inclusão de pessoas com autismo. “As políticas públicas para as pessoas com transtorno do espectro autista precisam ser fortalecidas, e por essa razão, na minha função de deputado estadual, realizo seminários para conscientizar a população, com a finalidade de realizar estudos sobre o tema e romper com o desconhecimento e a desinformação.”, explica.
O Primeiro Seminário Autismo na Prática é um evento com apoio do deputado estadual Subtenente Everton, Núcleo Regional de Educação de Ponta Grossa e Faculdades Sagrada Família (FASF). Para verificar os materiais disponíveis das palestras, acesse: deputadoeverton.com.br/2019/10/29/1o-seminario-autismo-na-pratica-de-ponta-grossa/