Estudantes da APAE frequentam oficinas de jardinagem
A equipe de jardinagem cultiva flores para a venda em eventos como a Expo&Flor
A instituição promove o cultivo de frutas, verduras, e plantas ornamentais para vasos de flor. Crédito: Gabriel Felipe Fonseca.
Descrição de imagem: Foto 01. Foto vertical. Em primeiro plano na parte inferior aparecem muitas caixas de madeira com as mudas. Ao fundo aparecem dois jovens em pé. Ambos estão vestindo jaleco verde. Eles estão com as mãos nas caixas de mudas. Colaboração: Taís Maria Ferreira.
A coordenadora dos projetos das unidades ocupacionais da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) Sônia Nazaret Gomes Madureira, explicou para o site “Acessibilidade PG” que os projetos de unidades ocupacionais tem a função de ensinar atividades que proporcionem autonomia para adolescentes e adultos da instituição. “Eles passam a ter novas responsabilidades, novos compromissos, novos conhecimentos. Eles tem a possibilidade de passar de um setor para outro, desde que eles tenham essas habilidades, eles são instalados pedagogicamente. Nessa sala, a professora tem um vínculo de instrutora, e essa instrutora pode ser tanto de jardinagem como de sacolas, como de pintura, como de tecelagem, como de costura e tem outros como a panificação também que funciona. Dependendo do perfil do aluno, eles são encaixados nas unidades ocupacionais.”, comenta. Sônia relatou que por trabalhar com jovens e adultos com deficiência intelectual, as mudanças de setor por parte dos estudantes pode ocorrer aproximadamente a cada dois anos, ou as vezes até em menos tempo, em caso da instituição observar que o estudante não adaptou-se a atividade proposta, é feito o seu remanejamento para outra unidade ocupacional. “Nesse espaço de tempo que eles estão nas unidades ocupacionais, que eles começam a adquirir a responsabilidade do trabalho, o compromisso de cumprir ordens, de saber adequar-se as situações que cada um vai ser colocado. Neste caso, a permanência deles na jardinagem permite que eles tenham mais mobilidade. O setor de sacolas pede que eles fiquem mais sentados, porque precisam focar mais em colagem, dobrar e cortar e a panificação tem um outro processo de trabalho.”, ressaltou a coordenadora.
As principais flores produzidas no setor de jardinagem são rosa e flor de mel. Crédito: Gabriel Felipe Fonseca.
Descrição de imagem: Foto 02. Foto vertical. Em primeiro plano aparece um grupo de rapazes todos estão trabalhando com as mãos na terra para o preparo das mudas. O ambiente é coberto por lonas plásticas. Colaboração: Taís Maria Ferreira.
Agricultura
O estudante da APAE Mateus Beki relata os procedimentos para plantações no setor de jardinagem da instituição: “O trabalho de jardinagem é todo feito em equipe. A gente faz os preparos da terra e passa para os pacotes com a colocação das mudas, e o primeiro procedimento ocorre no berçário.”, explica. Para Beki, os aprendizados fornecidos pela equipe de jardinagem ajudam nos cuidados com o meio ambiente, e os projetos que a APAE divulga seu trabalho ocorre por meio de empresas que fornecem sementes para gerar árvores frutíferas. “O ipê é uma das árvores que a gente produz.”, disse Matheus. Daniel Franco Vieira relata os demais procedimentos da jardinagem: “Rastelamos, preparamos a terra e fazemos a semeadura.”, explica. As atividades do setor ocorrem de segunda a sexta de forma integral, ou seja, manhã e tarde.
Expo&flor
As plantas cultivadas pela equipe de jardinagem serão vendidas na Expo&flor no mês de setembro. O evento é organizado pelo Rotary Club Ponta Grossa Alagados e o estudante Mateus Beki explica: “O material que a gente produz aqui nós levaremos para vender na exposição”. A coordenadora do projeto Sônia Gomes Madureira relata a importância da exposição de flores para a instituição: “O Rotary Alagados vai ajudar, eles tem uma participação ativa”.