Instituto Diversa debate propostas sobre saúde e acessibilidade para Termo de Compromisso
Postado por: Gabriel Fonseca
O documento recebe novas sugestões, que serão apresentadas aos candidatos a prefeito de Ponta Grossa
Na última quarta, 26 de setembro, os participantes do Instituto Diversa estiveram presentes em videoconferência na segunda reunião em que realizaram discussões de propostas de políticas públicas para a garantia da inclusão de pessoas com deficiência, que serão apresentadas aos candidatos a prefeito de Ponta Grossa em um Termo de Compromisso. Na primeira reunião foi debatido sobre educação. Na segunda videoconferência, os participantes discutiram proposições voltadas a saúde, assistência social, trabalho e renda, qualidade de vida, acessibilidade nas ruas, moradias e edifícios.
No eixo referente a saúde, o documento vai sugerir a criação de um Centro Municipal de Especialidades para o diagnóstico precoce do autismo e para oferecer o pleno atendimento as pessoas com deficiência física; intelectual e com mobilidade reduzida. O vice-presidente do Diversa, Nelson Canabarro explicou na reunião que sugere o Hospital da Criança para implantar o Centro de Especialidades. No eixo sobre qualidade de vida, o Termo de Compromisso deve propor que seja estabelecido um termo de cooperação técnico com as instituições de Ensino Superior da cidade para criar um centro multidisciplinar que irá ofertar serviços para as pessoas com deficiência; transtornos; superdotação e altas habilidades, desde a primeira infância até a terceira idade com várias atividades, tais como, natação; ginástica laboral; teatro; música, entre outras ações.
Sobre o documento, vale lembrar que as propostas serão entregues aos candidatos após o período das convenções partidárias. Com relação ao desenvolvimento de políticas públicas para o município, Danielle Canabarro, mãe de Benjamin que apresenta síndrome de Down e autismo sugere que os profissionais de saúde recebam treinamento para realizar o atendimento adequado à todas as pessoas com deficiência, com o enfoque no método Aba para as crianças que apresentam o TEA. “Em linhas gerais, a gente pensa que cada profissional tem seu currículo de formação de universidade, e não está presente nas grades curriculares dos cursos de Medicina estudos sobre síndromes, e sem o profissional especialista, o cidadão que vai precisar desse atendimento é desassistido.”, esclareceu Danielle. Na opinião de Márcia Emília, mãe de um adolescente de 13 anos que apresenta o transtorno do espectro autista, a próxima gestão deve desenvolver um trabalho de conscientização para que a população tenha mais empatia e a inclusão se efetive na prática. “As pessoas precisam entender as dificuldades do outro, e para isso precisa ter conhecimento, então esse é um trabalho educacional para que esse processo de conscientização seja realizado de forma natural, afim de que a inclusão seja realizada de forma prática e efetiva.”, salienta Márcia.